Sem “condições financeiras”, este é um dos motivos apresentados por um cliente da GenBit para bloquear bens do negócio, após acreditar que estava investindo em Bitcoin. Segundo os autos do processo, o usuário da GenBit pediu o arresto de bens em mais de R$ 22 mil.
Este valor corresponde a dívida da plataforma de investimentos em Bitcoin com o homem que prefere não ser identificado. No entanto, o processo mostra que a GenBit deve R$ 22.638,43. Por outro lado, o cliente do negócio fez um investimento maior e chegou a receber parte da aplicação que deveria estar em Bitcoin.
GenBit deve cliente mais de R$ 22 mil a cliente
Os clientes da GenBit acreditaram na promessa de lucro fácil a partir de investimentos em Bitcoin. De acordo com os planos da empresa, quanto maior o investimento, maior também poderia ser o lucro obtido na GenBit.
Porém, não era dessa forma que acontecia os investimentos da GenBit. A companhia é até apontada como possível “pirâmide financeira” depois que pagamentos de Bitcoin em atraso passaram a preocupar dezenas de investidores do esquema.
Dessa forma, este é o caso de um dos clientes do advogado Ricardo Kassin que conseguiu o deferimento da tutela de urgência em desfavor da GenBit. O homem defendido pelo advogado conseguirá o bloqueio de bens no valor total de sua dívida com o negócio que aplicava em Bitcoin.
“Há indícios de que as rés não disponham de condições financeiras a suportar eventual condenação, razão pela qual DEFIRO o pedido de arresto cautelar no valor de R$ 22.638,43 (vinte e dois mil e seiscentos e trinta e oito reais e quarenta e três centavos) por meio do Sistema BACENJUD em contas de titularidades das rés.”
Promessa de lucro com Bitcoin termina em processo
Assim como acontece com o cliente de Tabapuã, no interior de São Paulo, outros investidores foram atraídos pela promessa de lucro com Bitcoin. A criptomoeda era utilizada pela GenBit para conseguir clientes para o esquema que já foi até notificado pela CVM.
O arresto de bens em nome da GenBit garante o pagamento de dívidas da plataforma com clientes com saques em atraso. Essa medida é uma garantia que o dinheiro será bloqueado até o julgamento do caso. Por outro lado, caso a empresa seja considerada inocente, a quantia é devolvida pela justiça.
Além da plataforma citada, outros nomes aparecem como rés neste processo, como a Arbor Brasil Serviços de Gestão Financeira, a Gensa Serviços Digitais e a HDN Participações.
O dinheiro será depositado em juízo após o bloqueio determinado na ação. Além disso, possíveis automóveis também podem sofrer o arresto por parte da justiça. Essa seria mais uma forma de garantir o pagamento do pedido de saque de mais de R$ 22 mil em Bitcoin.